3 de ago. de 2011

US$ 1 bi a mais numa mina de níquel na Bahia

Ao adquirir uma pequena mina no interior da Bahia, um grupo de investidores australianos depara-se com a maior descoberta de níquel dos últimos 20 anos no país.
A prospecção, no entanto, não havia avançado por uma questão de custos — no caso da Mirabela, estimava-se que os gastos com pesquisa poderiam facilmente superar 120 milhões de reais. "Para não arcar com isso, os governos repassam o restante da pesquisa à iniciativa privada", diz Paulo Camillo, presidente do Instituto Brasileiro de Mineração.
"A CBPM até imaginava que a Santa Rita poderia dispor de um volume muito maior de minério do que os 18 milhões de toneladas encontradas nos estudos iniciais, mas não tinha embasamento técnico para ter certeza. E gigantes como a Vale e a CSN acharam o projeto pequeno e não se interessaram."
Em vista disso, o governo baiano sugeriu que os australianos fizessem a prospecção por conta própria. Em troca, levariam a mina sem desembolsar nada pela jazida — apenas pagando royalties pelo minério.
Antes de realizar seu primeiro embarque, em 2009, a Mirabela já estava com toda a sua produção comprometida até 2014 em contratos fechados com a Votorantim e a finlandesa Norilsk, de cerca de 2 bilhões de dólares. "Vamos dobrar a produção até o final do ano que vem", diz Luis Carlos Nepomuceno, presidente da empresa. "A Mirabela tem muito espaço para crescer."

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